quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Neurobiologia Instituto Babraham em Cambridge

A crença generalizada de que os animais de quinta não sofrem em condições consideradas intoleráveis para humanos é em parte baseada na ideia de que são menos inteligentes do que os homens e de que não têm a “noção do eu”. No entanto, cada vez mais as pesquisas revelam que isto não é correcto.
Keith Kendrick, professor de Neurobiologia no Instituto Babraham em Cambridge, descobriu que até as ovelhas são muito mais complexas do que se pensava e conseguem recordar 50 caras ovinas – mesmo de perfil. Conseguem reconhecer outra ovelha após um ano afastadas. Segundo Kendrick, as ovelhas podem até estabelecer afeições fortes por certos humanos, entrando em depressão por separações longas e saudando entusiasticamente mesmo depois de 3 anos


A conferência Compassion in World Farming iniciou-se com um discurso chave de Jane Goodall, a primatologista que fundou os estudo da Senciência Animal com a sua pesquisa em chimpanzés no início dos anos 60 do século XX. Goodall desmistificou a crença de que os animais eram simples autómatos que mostravam pouca individualidade ou emoções. No entanto demoraram muitos anos para que os cientistas aceitassem que tal ideia fosse aplicada a muitos outros animais. ``Animais sencientes têm a capacidade de experienciar prazer e sentem-se motivados a procurá-lo”, afirmou Webster. ``Só é preciso observar como as vacas e cordeiros procuram e apreciam o prazer de estarem deitados com as cabeças levantadas na direcção do sol num perfeito dia de Verão inglês. Tal como os humanos.”.

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